Defesa e Tecnologia

História do Primeiro Porta-Aviões Brasileiro: O Minas Gerais

“Olá marinheiros! Hoje vamos falar sobre a história do primeiro porta aviões brasileiro, o Minas Gerais. Veremos toda sua trajetória desde o seu serviço nas Marinhas da Grã-Bretanha e Austrália até sua aquisição, modernização e comissionamento na Marinha do Brasil, assim como seu destino final após mais de 50 anos de serviço. Então, já deixa aquele comentário e compartilha a matéria para que mais leitores fiquem por dentro da nossa história!”

Origens do Minas Gerais

A história do Minas Gerais começa em 1942, no auge da Segunda Guerra Mundial. Nessa época, a Grã-Bretanha, com base em suas experiências durante os primeiros 3 anos do conflito, concluiu que precisaria expandir sua Frota de porta-aviões rapidamente para poder garantir cobertura aérea para suas frotas e comboios.

Entretanto, construir porta-aviões de grande porte como os das classes Illustre e Implacable não seria viável. As propostas de converter navios mercantes ou até mesmo os antigos cruzadores britânicos da classe Rockins em porta-aviões de escolta também não eram exatamente ideais, uma vez que esses navios teriam muitas limitações operacionais.

Desenvolvimento da Classe Colossos

A alternativa foi criar uma nova classe de porta-aviões intermediários, menores, mais baratos e fáceis de se construir do que porta-aviões de Frota. Assim surgiram os porta-aviões leves da classe Colossos, desenvolvidos pela Vickers Armstrong como uma versão reduzida dos porta-aviões da classe Illustres. Dez unidades desses inovadores porta-aviões de mais de 13.000 toneladas foram encomendadas em 1942. No ano seguinte, mais seis unidades ligeiramente maiores, com quase 16.000 toneladas, que se tornaram a classe Majestic, também foram encomendadas.

A construção desses navios levou mais de 2 anos e muitos só foram comissionados na Marinha Real Britânica em 1945, nos momentos finais da Segunda Guerra Mundial. Foi esse o caso do HMS Vengeance, lançado há 80 anos atrás, em 23 de fevereiro de 1944. O Vengeance só foi finalizado em 15 de janeiro de 1945 e comissionado pouco tempo depois, formando parte da 11ª esquadra de porta-aviões da Frota Britânica do Pacífico.

Serviço na Marinha Real e Austrália

O Vengeance partiu imediatamente para Sidney, na Austrália, em preparação para um ataque às Forças japonesas no Atol de Truk Lagoon, hoje parte da Micronésia. Porém, a guerra acabou antes do HMS Vengeance deixar Sidney, levando a uma mudança de planos. O navio foi enviado para Hong Kong como veículo para receber a rendição das forças japonesas na região.

O resto da sua carreira na Marinha Real Britânica teve poucos momentos de destaque até 1952, quando enfim foi transferido para a Marinha Real Australiana. Os porta-aviões da classe Colossos e Majestic foram criados com a expectativa de que seriam retirados de serviço após apenas alguns anos, mas desafiando todas as expectativas, muitos desses navios se mostraram capazes de continuar servindo por mais de 50 anos, superando a vida útil de muitas classes mais poderosas.

Transição para a Marinha do Brasil

Em 1956, foi firmada a venda do HMS Vengeance por 9 milhões de dólares. Um gasto adicional de 27 milhões de dólares foi necessário para pagar por uma extensa modernização do navio que ocorreu em Roterdã, na Holanda. Após as modernizações, o navio foi renomeado como Aeródromo Ligeiro Minas Gerais, tornando-se o primeiro porta-aviões adquirido por uma nação da América Latina.

Com mais de 55 anos de serviço total, o Minas Gerais foi descomissionado em 2001, dando lugar ao novo porta-aviões brasileiro, o São Paulo. O navio foi rebocado para a Índia em 2004 para ser desmontado, encerrando sua história com um legado de mais de 40 anos de serviço na Marinha do Brasil.

A carreira do Minas Gerais reflete a de toda a sua classe, desenvolvida às pressas em meio à Segunda Guerra Mundial. Com uma expectativa de vida de no máximo 20 anos, a classe Colossos viveu muito além da maioria dos porta-aviões da sua época, tornando-se uma parte integral da história das Marinhas de diversas nações, incluindo o Brasil. O Minas Gerais deixou sua marca na história naval e seu legado perdurará por muitas gerações, lembrando-nos da importância e da evolução das embarcações ao longo do tempo.

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