Defesa e Tecnologia

Os Tigres da Força Aérea Brasileira

O F-5 Tiger é um dos caças mais emblemáticos da Força Aérea Brasileira (FAB), com uma longa história desde sua introdução na década de 1970. Este caça, conhecido como “Bicudo”, passou por várias modernizações que o mantiveram relevante no cenário atual. Neste artigo, vamos explorar os armamentos e as capacidades que fazem do F-5 um ativo valioso para a FAB.

História e Modernização do F-5

O F-5 foi incorporado à FAB na década de 70 e, desde então, tem sido uma peça chave na defesa aérea do Brasil. A modernização realizada na primeira década dos anos 2000 trouxe avanços significativos, permitindo que o F-5 se equiparasse às tecnologias do século XXI.

Entre as atualizações, destacam-se a introdução de datalink, radar digital e mísseis guiados por radar ativo. Essas melhorias não apenas estenderam a vida útil do caça, mas também aumentaram sua eficácia em combate.

O Papel do F-5 na FAB

Hoje, o F-5 é operado por cinco esquadrões da FAB, incluindo o famoso Esquadrão Pampa. A versatilidade do F-5 permite que ele execute uma variedade de missões, desde a interceptação até o apoio aéreo próximo.
 

Armamentos do F-5

O F-5 é equipado com uma variedade de armamentos que aumentam sua capacidade de combate. Vamos explorar os principais armamentos que equipam este caça brasileiro.
 

Canhão de 20mm M39A3

O F-5 conta com um canhão de 20mm, conhecido como M39A3. Este canhão, desenvolvido no final da Segunda Guerra Mundial, tem uma história rica e é baseado no projeto do canhão alemão MG 213. Antes da modernização, o F-5E possuía dois canhões M39A3, mas com as atualizações, um deles foi removido para dar espaço a novos aviônicos.

Apesar da remoção do canhão em algumas versões, as capacidades gerais do caça aumentaram com a integração de equipamentos eletrônicos modernos.

Mísseis Ar-Ar

Os caças F-5 da FAB são equipados com mísseis guiados por calor, desenvolvidos pela fabricante israelense Rafael. Os mísseis P3 e P4, de terceira e quarta geração, respectivamente, são utilizados para combate aéreo. O P3 é montado sob as asas, enquanto o P4 é lançado a partir dos trilhos nas pontas das asas.

Esses mísseis podem ser controlados pelo piloto através de um sistema de display integrado no capacete, permitindo que o piloto mire no alvo apenas movendo a cabeça.

Mísseis Rafael Derby

Os mísseis Rafael Derby, adquiridos em 2006, são uma adição importante ao arsenal do F-5. Esses mísseis de curto e médio alcance são guiados por radar ativo e são os primeiros e únicos mísseis de radar ativo em serviço com a FAB. O Derby foi desenvolvido em colaboração com a África do Sul e representa um avanço significativo nas capacidades de combate do F-5.

Bombas para Ataque ao Solo

Além dos mísseis, os F-5 também podem carregar bombas para missões de ataque ao solo. As bombas BAFAG 230, que são a versão brasileira da MK 82 americana, são frequentemente utilizadas. Essas bombas têm um peso de 500 libras (aproximadamente 227 kg) e são empregadas de forma convencional, sem kits de guiagem.

Outros modelos de bombas, como as BAFAG 460 e 920, também podem ser utilizadas, correspondendo às MK 83 e MK 84, respectivamente. Todas essas bombas são fabricadas no Brasil, o que destaca a capacidade da indústria de defesa nacional.

Foguetes e Novas Tecnologias

Embora os foguetes de 70mm tenham sido amplamente utilizados no passado, seu uso nos F-5 não é mais comum. No entanto, o caça ainda pode carregar esses foguetes caso necessário.

Um desenvolvimento interessante é o projeto MICLAB, um míssil de cruzeiro com alcance de 300 km, que está em fase de desenvolvimento e deverá ser integrado ao F-5. Este projeto representa uma nova era de armamentos para a FAB e destaca a contínua evolução do F-5.

Conclusão

O F-5 da FAB, com suas modernizações e armamentos avançados, continua a ser um pilar fundamental da força aérea brasileira. À medida que se aproxima do fim de sua carreira, a transição para os novos caças Gripen F-39E está programada para 2025, mas o legado do F-5 e suas contribuições para a defesa do Brasil são indiscutíveis.

As capacidades de combate do F-5, combinadas com a experiência adquirida pela indústria aeroespacial brasileira, asseguram que o Brasil continue a ser um jogador relevante no cenário militar global. Se você gostou deste conteúdo, deixe seu comentário e não se esqueça de se inscrever no canal. Saiba mais no seção Defesa e tecnologia.

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